A inserção do Produto UAB – Usina de Armazenamento Bombeado no SIN
- H2Way
- 22 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de abr. de 2024

O Operador Nacional do Sistema – ONS disponibilizou o Sumário Executivo do Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN – PAR/PEL, que apresenta o planejamento da operação do Setor Elétrico no Ciclo 2024 a 2028.

Reproduz-se a seguir extrato do Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN:
“A CURVA DO PATO
Outro aspecto importante na transição do período diurno para o período noturno, consequência do característico perfil de geração da fonte solar, é a complexa coordenação da saída de geração solar como na entrada de geração hidráulica e/ou térmica para garantir a continuidade do atendimento às cargas com segurança durante a rampa de carga que ocorre nesta transição. O aumento da penetração da geração solar ao longo do horizonte de estudo gradativamente reduz a carga a ser atendida pelas demais fontes de geração durante o período diurno, mas não contribui para a o atendimento da ponta do período noturno, ampliando ao longo do tempo a rampa, efeito que ficou conhecido como a “curva do pato”.
Dada a característica da matriz elétrica do SIN, a principal fonte de flexibilidade operativa para atendimento dessa rampa de carga é a geração hidrelétrica. A título de ilustração, as figuras a seguir apresentam o perfil da geração hidrelétrica do SIN frente às rampas de cargas previstas para os anos de 2024 e 2028:

Pode ser observada uma estimativa de rampa de carga atendida por geração hidrelétrica de aproximadamente 25 GW no primeiro ano (2024) e da ordem de 50 GW no último ano do horizonte (2028). A duplicação na intensidade da rampa de carga se justifica pelo aumento da geração solar tanto centralizada quanto distribuída.
No atendimento a essa rampa de carga de ponta é importante refletir que os recursos energéticos inflexíveis podem ser inadequados como opção de expansão da matriz elétrica para o atendimento dos requisitos de potência, pois provocaria o aumento do vertimento total de geração com consequente redução do aproveitamento energético. Também é importante destacar que a capacidade de modulação da geração hidrelétrica é condicionada às questões associadas ao uso múltiplo da água, indicando a necessidade de explorar, sob a ótica da neutralidade tecnológica, todos os recursos energéticos capazes de prover o recurso adequado que otimize o balanço eletroenergético do SIN.
Portanto, flexibilidade é a palavra de ordem para o novo setor elétrico que se apresenta. Viabilizar instrumentos de flexibilidade considerando os recursos centralizados, distribuídos e o empoderamento do consumidor, bem como a contribuição do sistema de transmissão, é a linha mestra em que todos os agentes setoriais devem direcionar suas ações.”
No contexto atual do SIN é onde se inserem as UABs - Usinas de Armazenamento Bombeado, em desenvolvimento pela H2Way, servindo como instrumento para possibilitar a flexibilidade requerida e necessária à operação do Sistema Elétrico.
As UABs, na concepção adotada pela H2Way, foram projetadas para atuar tanto na redução da rampa descendente funcionando como carga, quanto na ascendente funcionando como geração, para complementar o papel das usinas hidrelétricas, e concorrer com as térmicas flexíveis no atendimento da ponta de carga do sistema.
Fonte: Sumário Executivo PAR/PEL 2023 – ONS – “A curva do pato”
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